Robôs que foram enviados para a usina nuclear japonesa de Fukishima Daiichi após o desastre de 2011 "morreram" devido aos efeitos da radiação vazada.

Ainda há uma enorme quantidade de radiação na usina de Fukushima e remover as barras de combustível derretidas, a fonte do problema, está provando um desafio incrivelmente difícil e perigoso.

A Tokyo Electric Power Co. (Tepco), a operadora da usina, vem enviando robôs para localizar alguns dos bastões mais difíceis de serem alcançados, incluindo bots capazes de nadar debaixo d'água. Mas assim que os robôs se aproximam, a radiação destrói sua fiação.

Cinco robôs enviados para os reatores foram perdidos, e não está claro se uma tecnologia mais resistente pode ser desenvolvida. Além disso, o último robô a fazer uso de raios muon (uma tecnologia semelhante a raios-X) só retornou imagens "granulosas" antes que fosse perdido pelos efeitos da radiação..

'Profundamente preocupado'

Cada robô deve ser construído sob medida para cada prédio, disse Naohiro Masuda, chefe de descomissionamento da Tepco, à Reuters. Também leva dois anos para que cada um seja construído e pronto para a ação.

O gerente do local, Akira Ono, disse estar "profundamente preocupado" com o fato de a água radioativa, usada para resfriar os reatores e depois ser armazenada em tanques, vazar novamente no mar. Atualmente, estima-se que pode levar até 40 anos para descomissionar a usina.

O desastre de Fukushima Daiichi aconteceu em 2011 devido a um tsunami causado por um dos piores terremotos da história, terminando com quase 19.000 pessoas mortas ou desaparecidas..

[Crédito de imagem: vídeo do Japan Times]