A questão do 'vício em jogos' vem atingindo as manchetes dos tablóides nos últimos tempos, após o recente lançamento de um novo pacote de expansão para a poderosa força da Blizzard. World of Warcraft no início deste mês.

No entanto, um especialista do Smith & Jones Center de Amsterdã afirma que o jogo compulsivo NÃO é um vício e não deve ser tratado como um.

Keith Bakker é o fundador e chefe da primeira clínica da Europa a trabalhar com jovens jogadores. Ele e sua equipe preferem considerar o jogo compulsivo como um problema social e não psicológico nos jovens com quem trabalham.

"Essas crianças aparecem mostrando algum tipo de sintomas que são similares a outros vícios e dependências químicas", disse Bakker à BBC, falando sobre os jovens com quem trabalha, muitos dos quais parecem viciados em MMOs (Uau sendo de longe o mais popular do gênero).

Pais e professores falhando

"Mas quanto mais trabalhamos com essas crianças, menos eu acredito que podemos chamar isso de vício. O que muitas dessas crianças precisam é de seus pais e professores - isso é um problema social", acrescenta o especialista em dependência..

"Oitenta por cento dos jovens que vemos foram vítimas de bullying na escola e se sentem isolados. Muitos dos sintomas que eles têm podem ser resolvidos voltando à boa e antiga comunicação."

A raiz do problema em menores de 18 anos, na opinião ponderada e experiente de Bakker, é a má paternidade. Videogames não viciante.

"É uma escolha ... Essas crianças sabem exatamente o que estão fazendo e simplesmente não querem mudar. Se ninguém estiver lá para ajudá-las, nada acontecerá."

O Smith & Jones Center realizou uma pesquisa que sugere fortemente que os sentimentos de raiva e impotência do jogador compulsivo preexistem o desejo de jogar MMOs e videogames violentos..

"Em alguns casos, essas pessoas se encontram no mundo dos jogos e formam um laço baseado nesses sentimentos de alienação e raiva", informa a BBC..